No Jornal Bombeiros de Portugal, vem um artigo sobre a hipotese do INEM adquirir até 2011, 3 helicopteros de emergência. Apesar de serem uma certeza, a verdade é que não há nada de concreto e ninguém sabe como os helis vão ser geridos e quais as suas verdadeiras funcionalidades.
Devo confessar que o artigo redigido pela Srª jornalista Patricia Cerdeira, me deixou intrigado e triste com as questões do costume: Em Portugal, pessoas sem capacidade para opinar sobre protecção e socorro, continuam a fazê-lo indiscriminadamente e infelizmente, para além de se julgarem cheios de razão, estas vozes de gente sem experiência absolutamente nenhuma são ouvidas e ao mais alto nivel...
Diz o artigo que “... No documento a que o BP teve acesso, conclui-se que a aquisição das aeronaves é uma aposta errada, que não trará qualquer mais valia.”Ora como é que o BP teve acesso a um documento confidencial?
Pior, quem do INEM, está a trabalhar directamente para a Liga dos Bombeiros Portugueses ou para os meios de Comunicação Social?
Quem elaborou esse documento? Alguém que já fez o trajecto de ambulância com um politrumatizado grave desde Freixo de Espada à cinta para Bragança?? Ou de Pinhão para Vila Real? Ou então de Aguiar da Beira para a Guarda?
Parece-me que quem elaborou este documento que desaconcelha a aquisição dos helicópteros de Emergência, das duas uma ou é alguém que desconhece a realidade do interior Nacional, sem nunca ter feito emergência, como é costume, ou algum Médico frustrado por não poder ganhar mais algum dinheiro extra, porque segundo o Ministério da Saúde, estes helicópteros seriam SIV, ou seja, com um Enfermeiro e um Tripulante. 
Atrever-me-ia a dizer se a Liga dos Bombeiros Portugueses também não terá um dedo neste artigo tendencioso...
Se são as populações das aldeias do interior de Portugal as principais visadas, como é que este meio diferenciado não lhes trará qualquer mais valia? Afinal é ou não importante garantir um socorro rápido e eficaz junto destas populações?
“O documento técnico a que o “BP” teve acesso demonstra, preto no branco, que os helis são uma “opção muito cara que o INEM não conseguirá suportar”.
Percebo, para andar a subsidiar bancos há dinheiro mas para salvar vidas, não há dinheiro... gostaria de saber quanto valerá a vida das pessoas que escreveram tal “documento”...
“Refere o relatório que, antes de mais, qualquer missão “será sempre condicionada pelas condições atmosféricas”, o que se poderá traduzir numa limitação grave.”
Claro!! Todos os países do mundo onde há helicópteros de emergência sabem destes condicionalismos e conseguem supera-los, mas em portugal isso será impossivel... bolas, o Português é tão inteligente e as pessoas dos outros países são tão Burros...
“ Por outro lado, acrescenta, não existem quaisquer provas de que a operacionalidade das aeronaves tenha “tradução directa na redução da mortalidade”. Mais, acrescenta o documento, a alternativa aos meios aéreos deverá passar pela rentabilização da rede de ambulâncias do INEM que, segundo contas feitas, “está subaproveitada”
Depende do que se entende por “tradução directa na redução da mortalidade”
Uma vez que o que se pretende é que as pessoas não morram durante transportes em ambulâncias e em distancias absurdas entre a aldeia de “alguidares de baixo” e a capital de Distrito de “Cidade dos Alguidares” que fica a quase 3 horas de distancia, tendo em consideração a rede viária deploravel de alguns distritos...
Já agora uma pergunta estupida: sabem quanto tempo se pode fazer uma “fibrinólise” numa pessoa que sofreu um AVC ou enfarte para que essa pessoa fique sem qualquer sequela? Afinal os helicópteros é só para se evitar a morte?
“a alternativa aos meios aéreos deverá passar pela rentabilização da rede de ambulâncias do INEM que, segundo contas feitas, “está subaproveitada”
Frase tendensiosa não? Tipo: vamos dar estes milhões todos aos Bombeiros que têm muitas ambulâncias sendo algumas do INEM!
Claro!! Aquelas ambulâncias que em grande parte dos casos, e repito, em grande parte dos casos, sai com elementos sem formação absolutamente nenhuma, ( eu sei bem do que falo ) porque os elementos TAS, andam a transportar doentes de casa para os serviços de Fisioterapia e os miudos que vão aparecendo nos Bombeiros é que vão fazer os serviços de emergência... realmente algo está sub aproveitado, esses elementos que têm formação e não fazem Emergência, porque o que dá dinheiro são os “serviços clínicos” e transferências inter hospitalares, apesar do INEM atribuir receitas aos Corpos de Bombeiros e de Financiar as associações com dinheiro para pagar a tripulações e que os senhores Presidentes de Direcção fazem questão de guardar nas contas da Associações Humanitárias para outros fins!
Outro sub-aproveitamento e uma verdadeira IMBECILIDADE é o que tem acontecido recentemente, com a atribuição de Ambulâncias do INEM a Corpos de Bombeiros onde já estão sediadas ambulâncias SIV ou SBV do próprio INEM, mas a tónica dominante é reequipar os Bombeiros, não vá este presidente do INEM ser demitido também...
“Segundo dados estatísticos do próprio instituto, os dois helicópteros do INEM sedeados em Matosinhos e Tires “não chegam a fazer uma missão por dia”, situação que reforça a oposição à obtenção de aeronaves.”
Mas há dias, em que doentes criticos, têm que ficar á espera que estes helicópteros fiquem disponiveis para que estes doentes sejam transportados para unidades de cuidados diferenciados e nisto ninguém falou...
“O estudo foi realizado com base em três cenários diferentes, e em todos eles há um aumento de custos que vai dos 42 aos 184 por cento. De referir que a opção tomada pelo Governo, de adquirir três helicópteros, representa a opção mais cara.”
Depende do valor que cada um dá á sua vida ou a um seu ente querido... é tudo uma questão de perspectivas de vida...
“Lembra o estudo que o transporte médico de um doente em meio terrestre (ambulância) custa “25 euros”, contra “7675 euros” se o mesmo transporte for feito por via área. “
Mais uma frase inteligente, mas também depende dos factores gravidade e distância... ou não??
“Para provar a inexistência de dados oficiais que demonstrem que a utilização de meios aéreos tem reflexos directos na redução da mortalidade, o estudo do INEM refere as recomendações mundiais nesta área, baseadas em vários estudos. Dizem essas mesmas recomendações que a aquisição de um helicóptero deve pressupor que a área de intervenção inclua, “pelo menos, um milhão de habitantes”, e que este “deverá operar numa zona que fique a 15 minutos da ambulância mais próxima”.
Entendo, helicópetros só para Lisboa e Porto, os outros, não são Portugueses nem têm direitos, aliás ambulâncias a menos de 15 minutos... ora Alentejo, Algarve, Beiras, Trás os Montes, Minho... sim, os Bombeiros são já ali, ao virar da esquina... está tudo a 15 minutos... ou 45 minutos..., mas um estudo feito por cabeças pensantes... epá é o que conta, sim, a 15 minutos da morte certa é provavel...
E depois quantos “Alijós” há por dia por este país fora?
“E agora que é que eu faço?”
“Claramente desfavorável à decisão consagrada agora pelo Conselho de Ministros, o relatório sugere uma “melhor optimização dos meios terrestres existentes”, bem como a deslocalização do heli actualmente sedeado em “Tires para o Montijo”, e o de “Matosinhos para Penafiel”. Acrescenta ainda o documento técnico que “deve ser reforçada a articulação” com a ANPC, EMA e Força Aérea Portuguesa.”
Já parece a questão do aeroporto... quem vai ganhar com isto??
ANPC?
Está mais interessada em adquirir jeeps topo de gama para os CODIS!
EMA?
Ainda existe essa empresa que é uma verdadeira fachada? Já substituiram o Ecureill que se despenhou? Já há pilotos portugueses a pilotar os KAMOV? Já agora sabem o que acontece na Russia aos KAMOV quando atingem o limite de horas? Vão para o lixo, porque a manutenção é demasiado cara. Já agora quem ganhou com a contratação destes helicópteros nada versáteis?
“Nas conclusões pode ler-se: “A compra dos helicópteros em causa representa um desvio de fundos de um outro investimento mais vantajoso em termos de custo-eficácia”, constituído pela rede de ambulâncias do INEM.”
Há desvio de fundos á descarada em vários organismos em Portugal, pelo menos este dinheiro será gasto a salvar vidas e em algo de útil neste país da treta.
Enquanto a politica da actual presidencia do INEM for a do silêncio e a do “ ora deixa ver no que isto vai dar” a rede de ambulâncias do INEM, não garante a sobrevivência a ninguém e continuará a haver felizardos que vivem no litoral e desgraçados que vivem no interior...
Já era tempo de deixarem falar os socorristas dos Bombeiros, da Cruz Vermelha e do INEM que andam todos os dias na rua... esses sim é que deveriam ser ouvidos e não pessoas que ou têm interesses políticos ou falam apenas porque têm um Dr. antes do nome...
